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Publicado: Terça, 04 de Dezembro de 2018, 22h20 | Última atualização em Terça, 18 de Dezembro de 2018, 18h12 | Acessos: 12850

DISCURSO DA SOLEINIDADE DE POSSE DO CCJS/UFCG (QUADRIÊNIO 2018-2022)

 

 

Gostaria de saudar os membros da mesa: primeiramente o emérito e amigo professor doutor Onireves Monteiro de Castro, que neste ato representa o magnífico reitor Vicemário Simões; saúdo também o vice-diretor, professor doutor Allan Sarmento,  um amigo leal e extremamente competente e que a cada dia consolida o seu nome nos anais desta instituição; comprimento o meu outro irmão-amigo, o chefe de gabinete e mestre, Silvio Maciel, que com maestria e muito esmero vem conduzindo a secretaria da direção; saúdo ainda a professora doutora Maria Marques Moreira Vieira, a decana do CCJS; e a professora doutora Jônica Marques Coura Aragão.

Cumprimento aos novos coordenadores, que juntos iremos representar este Centro nos próximos anos, aos professores, aos técnicos-administrativos, aos terceirizados, aos alunos e alunas e demais autoridades presentes.

Um cumprimento especial a minha esposa Mágda que divide comigo as alegrias e desafios cotidianos, as nossas filhas sapecas e peraltas, Maria Alice e Maria Isabela que não estão presente. Saúdo os meus pais e familiares que não puderam vir, mas foram de suma importância na minha formação.

Minhas senhoras e meus senhores...estou emocionado!

Sem dúvida, é uma grande honra está aqui, nesta noite briosa ladeado de preclaros amigos e colegas comemorando, realizando e participando desta solenidade simbólica de posse da direção do Centro de Ciências Jurídicas e Sociais da Universidade Federal de Campina Grande para o quadriênio 2018-2022.

A missão parece impossível, mas não é. Aliás, como pensar nossas possibilidades senão a partir das nossas impossibilidades?  E se não fosse assim não seria eu, e se não fosse assim não valeria a pena. Sai de Patos-PB e cheguei aqui em Sousa-PB, em 1996, para estudar Direito nesta casa aos 17 anos, com uma mochila nas costas e R$15,00 no bolso- ah! nesta época eu tinha uma vasta cabeleira, acompanhado de muitos sonhos e um deles: vencer na vida! Muitos disseram que eu não iria conseguir, por que filho de taxista e dona de casa não nasceu para fazer Direito. E conseguimos! Em seguida muitos disseram que eu não conseguira ser professor do CCJS/UFCG. E conseguimos! Muitos disseram que eu não seria Doutor! E conseguimos! Muitos disseram que eu não seria diretor deste Centro. E conseguimos! Muitos não acreditam que transformaremos este Centro em um polo de referência em pesquisa e pós-graduação cravado nesta urbe sertaneja...adivinha...conseguiremos! Meu ilustríssimo pró-reitor Onireves, a força vem do sertão! Pois, para nós não existe o impossível! Não existem barreiras intransponíveis! O medo não faz parte de nosso cardápio!

Com relação as críticas, estas também não nos abalam, ao contrário, é a força motriz que nos impulsiona e orienta, por entendermos que somos semelhantes a galhos de uma árvore: que mesmo crescendo em direções diferentes pertencemos a uma mesma raiz. Isso se chama entender e respeitar o outro, mesmo com pensamentos e desejos diferentes dos nossos.

Dirigir, conduzir, dar o rumo não é tarefa individual, contudo, é coletiva e plural, que impõe reflexões e práticas deliberativas que nos comprometem radicalmente com a forma e a matéria democrática. Ninguém governa sozinho, o sucesso de uma gestão está no trabalho em equipe e na motivação desta mesma equipe. Gerir as competências de cada um e conceder espaço para desenvolver suas habilidades é obrigação do gestor se quiser ter êxito. Um líder não deve obrigar aos seus colaboradores a realização de tarefas, mas, sim, desenvolver a vontade natural de fazê-las. E isto faz uma grande diferença!

 Vale lembrar que ser gesto público no Brasil demanda muita coragem, como bem destacou Miguel Reale Júnior: “[...] a coragem reside muitas vezes na prudência para abrir caminhos e não na temeridade de obstruí-los. ” há também outras qualidades que devemos possuir além da coragem: a sensibilidade ao escutar e delicadeza firme ao falar devem estar nessa conjugação de tempo e espaço para dirigir, dar os rumos e conduzir. Um gestor deve construir pontes e não muros.

O nosso olhar, portanto, a partir de quando, eu e o professor Allan Sarmento, entramos em exercício em de julho deste ano, é para o futuro do CCJS, é para frente, é para o horizonte. Estamos investindo maciçamente na estruturação de projetos e grupos de pesquisa, na criação de novos cursos de graduação, técnicos, tecnólogos e de pós-graduação, estamos incentivando a capacitação docente e dos técnicos-administrativos, estamos revisando a estrutura física de nossas unidades, aprimorando a segurança, sedimentando o ensino a distância, redimensionando a gestão por competências e primando pela humanização das relações interpessoais. Os resultados começam a aparecer e serem sentidos no cotidiano por todos...estamos crescendo a passos firmes! mesmo em tão pouco tempo e em um momento de crise sem precedentes no Brasil! Isso demonstra que não somos gestores de palanques ou de falações, mas sim de ações, e de ações concretas.

Quando decidi me candidatar à direção do CCJS/UFCG recorri a Clarice Lispector, à Hora da Estrela – mais especificamente, ao narrador da história, Rodrigo, quando ele indaga: — Como começar pelo início, se as coisas acontecem antes mesmo de acontecer? Ou seja, meus diletos, quando tem que acontecer já está escrito nas estrelas. Esse ato simbólico de posse é um ato de promessas que faço diante dos que aqui estão. Ao fazê-las ou antecipá-las, o agora imediatamente se modifica e desde já algo acontece de forma muito especial. Tenho consciência da complexidade das tarefas nos próximos quatro anos, das demandas (as velhas e as novas) e dos desafios relacionados ao momento crítico da nossa democracia. Ressalto, que este Centro nunca irá se render as ideologias reacionárias, pois está no DNA de nosso amado CCJS o sentimento democrático, plural e crítico. É dizer, não aceitaremos mordaças! Não nascemos para subjugar ou sermos subjugados, mas para distribuir conhecimento, e conhecimento é servir.

Isso me lembra uma história do homem mais sábio de todos os tempos...Jesus Cristo...um dia foi-lhe perguntado: mestre qual a fórmula da felicidade?..Ele respondeu com a sabedoria divina que lhe é peculiar: servindo ao outro...então pensamos...como servir ao outro numa sociedade que só pensa em si? Em uma sociedade de falsa ostentação? Em uma sociedade onde o eu é somente eu...e nós servidores públicos? fomos abençoados em nossa missão...pois temos a incumbência de servir ao povo, servir ao público...como nossa própria nomenclatura expressa: servidor público. Além de ser a nossa missão divina é também nossa missão profissional, fomos abençoados duplamente. E momentos como este, creio eu, estamos cumprindo a nossa missão de servir e logicamente sendo felizes. É com esse espírito e amor de servir a educação, de servir ao CCJS, de servir a UFCG, de servir a esta terra, que nos impulsionaram a ser dirigentes neste próximo quadriênio.

Por fim, venho neste íntere de tempo e espaço agradecer profundamente, muito obrigado, muito obrigado, muito obrigado...a Deus, a minha família, aos amigos verdadeiros, aos que confiaram o seu voto em nossa chapa POR AMOR AO CCJS: RENOVAÇÃO COM QUALIDADE e a cada um de vocês por me permitirem fazer parte desta linda história!

 

Como dizem os romanos: esto brevis et placebis -seja breve e agradarás.

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